Sociedade Canina

Inocentes até que se prove o contrário

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por Juliana Barbosa

Alguns cães além de serem o mascote da família, assumem o cargo de guardiães da casa garantindo a segurança de seus donos enquanto eles dormem, ou enquanto estão longe de seu lar.

Muitas vezes instigados por amigos ou vizinhos, ou visando apenas comprar um animal que garanta a sua segurança, as pessoas compram filhotes de cães, sem medir as conseqüências que ter um animal de estimação pode trazer a sua vida.

Cachorros como os da raça Rottweillwer e Pittbull, são conhecidos pelo o temperamento bravo e de difícil convívio. Na maioria das vezes, os donos que compram animais dessas raças se arrependem porque imaginam que só dar comida para o cachorro vai garantir que ele faça o que o dono mandar.

Essas raças são destacadas para cães de guarda pelo seu porte forte e seu tamanho. Mas isso não quer dizer que eles sejam animais perigosos por natureza. Um PittBull pode ser tão dócil quanto qualquer cão de outra raça.

O que, geralmente, acontece com esses animais é a falta de experiência de seus donos. Um cão necessita ter alguém que ele respeite dentro de casa. Se ninguém se impõe perante a ele, o cachorro passa a ter a impressão que é ele “quem manda”. A imposição não significa usar agressão física, mas sim no convívio diário ensinar ao cão o que é certo e o que é errado. Claro que isso exige paciência, além de boa vontade do proprietário do cachorro.

Além disso, ainda existe a mistificação desses cães serem violentos. Essa crença é incentivada pelo costume dos donos em cortar as orelhas ou o rabo desse tipo de cães, para que tenham uma aparência mais agressiva. Na realidade, o que torna um cachorro violento é o tratamento que recebe do seu dono. Uma vez ensinado a se comportar em sociedade e entre outros animais a tendência a esse tipo de comportamento é minimizada.

Para se ter um cão de guarda de verdade, o certo é o animal receber treinamento de um profissional competente, que ensinará todos os comandos necessários para manter o cachorro sob controle. Se o objetivo é torná-lo o protetor da família, o treinamento deve acentuar quais são as pessoas que ele deve proteger. E se ele realmente for bravo, deve-se evitar que pessoas desconhecidas tenham acesso ao animal.

Outro risco é submetê-los a situações de estresse e nervoso, como deixá-los amarrados em correntes curtas ou lugares em que não possam circular. O ideal é que os cães sejam respeitados em sua própria natureza. Ou seja, um cachorro tratado com amor e respeito dentro de casa certamente será um cão que retribui ao seu dono o tratamento recebido.

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